Desculpe, Covid-19. Mas o futuro do comércio vai ser cada vez mais social.

Se tem uma coisa que essa epidemia vivenciada por todos os países do globo tem mostrado para nós, é o quanto somos seres sociais. Mais do que apenas precisar, queremos estar juntos, mesmo que virtualmente, para trabalhar, amar, aprender, celebrar, chorar e mantermos a sanidade mental.

Se não fôssemos seres sociais, provavelmente nossa espécie não teria sobrevivido ao primeiro ataque de predadores milhares de anos atrás. E a ascensão das redes sociais só evidencia ainda mais essa nossa característica.

A grande maioria das marcas já percebeu a importância de espaços virtuais sociais como o Instagram, Facebook, TikTok e Pinterest para o Zero Moment of Truth (ZMOT), aquele momento inicial da jornada de compra em que os consumidores procuram informações sobre o produto que pretendem comprar em vários lugares diferentes, como no grupo WhatsApp dos amigos ou da família, em blogues especializados, review de sites e no buraco negro de informações infinitas que é a Internet.

O Social Commerce nasceu desse comportamento digital e uniu o útil ao agradável. Afinal de contas, porque não realizar a compra do produto no mesmo ambiente virtual em que você procura informações sobre ele ou que desperta o seu ávido desejo de ter exatamente aquele mesmo item, daquela mesma marca, que a pessoa que você admira, conhece ou apenas segue acabou de mostrar para o mundo inteiro que tem?

Imagem gentilmente roubada daqui.

Alguns profissionais terminam reduzindo o termo simplesmente à comercialização de qualquer produto dentro de uma rede social, mas essa visão desconsidera o contexto e motivações do comportamento digital que deu origem a essa tendência. Preparei uma lista com três fatores essenciais para enteder melhor a tendência do Social Commerce:

Um. O Social Commerce chega para tornar a experiência de compra no ambiente on-line mais social. Essa é a sua principal essência. Qualquer estratégia que explore esse ponto vai ter muito mais sucesso.

Dois. Uma das grandes fortalezas de unir e-commerce à rede social é a verticalização do processo de geração de leads e vendas, algo que os grandes conglomerados digitais chineses já estão colocando em prática. Quanto mais tempos o usuário fica na sua plataforma, percorrendo diferentes etapas do funil de compras, mais informação sobre ele você consegue reunir.

Três. E por último, mas não menos importante, no mundo cada vez mais acelerado que vivemos, a busca por novas experiências é incessante. Todos queremos passar para a próxima fase do jogo e descobrir como ela vai ser. Os consumidores também.

Se pararmos para pensar, não existe nenhum lugar no mundo com tanta concentração de pessoas como as redes sociais. Facebook, Pinterest, Instagram e Twitter juntos possuem mais de 1.5 bilhões de usuários ativos. Isso faz das redes sociais o lugar ideal para marcas encontrarem consumidores e venderem seus produtos ou serviços. E pra ficar ainda melhor, mesmo que a empresa não tenha um grande budget de mídia, é possível investir em crescimento orgânico e parcerias de forma consistente, algo que nenhum outro ambiente de venda proporcionou até hoje.

Nessa última semana, aqui no Brasil, o Instagram fez um extreme makeover para colocar o ícone Shop em destaque e proporcionar uma navegação diferenciada pelas lojas. E o Google já está testando em alguns países o Shoploop, seu aplicativo que une rede social, vídeos e e-commerce. 

Para quem está preocupado com a segunda onda da pandemia ou com a crise econômica que está batendo na porta de vário países, eu diria que o Social Commerce é um dos melhores lugares para olhar, experimentar e aglomerar no próximo ano.

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