#StartupDosSonhos

E conforme prometido, hoje estreia uma nova tag por aqui a #StartupDosSonhos. Criei essa tag para reunir ideias interessantes de negócios que surgem através da aplicação de teorias e metodologias acadêmicas à realidade do mercado. Sou fascinada pelo universo do empreendedorismo, mas bem sei que ter a ideia é apenas o primeiro (e muitas vezes o menor) passo de um novo negócio.

No post anterior eu expliquei a diferença entre Distribuição e Circulação (você pode ler aqui), e comentei que muitas empresas inovadoras ainda adotam o modelo mais tradicional e antigo de Distribuição (o que não é melhor nem pior, é apenas um fato).

Duas grandes empresas queridinhas que revolucionaram seus mercados mudando a dinâmica de Circulação para Distribuição foram o Spotify e o Netflix. Olhando por esse prisma, parece que o mercado audiovisual deu um passo para trás, e em certo sentido deu mesmo. Mas foi esse passo que permitiu o surgimento de empresas tão fortes nesse cenário.

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Quem nasceu antes da década de 90 provavelmente chegou a baixar e compartilhar arquivos .mp3 de suas músicas favoritas, ou de bandas recém descobertas. Os arquivos de música eram baixados gratuitamente ou comprados, ficavam armazenados nos devices dos seus donos e, por isso, podiam ser facilmente colocados em circulação.

Com os filmes a dinâmica era mais complexa, os arquivos muito pesados, a proteção maior… Mas ainda sim, DVD’s eram alugados e emprestados (ou seja, colocados em circulação) e muitos filmes baixados clandestinamente.

O Spotify e Netflix não apenas agregaram todo esse conteúdo, mas passaram a armazenar e deter a posse dos “arquivos originais”. Em outras palavras, eles controlam a distribuição do conteúdo e definem o que você precisa fazer e através de qual canal pode ter acesso a ele.

Por mais incrível que essas duas plataformas sejam, aposto que muita gente já se pegou reclamando da bolha que foi criada. Quem só assiste Netflix, não escolhe o que vê. E assim, muitos filmes, séries, documentários vão sendo apagados da nossa memória cultural. 

Mas a startup dos sonhos poderia corromper essa dinâmica e trazer de volta a circulação 😉

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Já imaginou uma plataforma provedora de produtos audiovisuais via streaming (bem parecida mesmo com o Netflix) em que você pode participar de uma dinâmica de crowdfunding para ter acesso a um filme específico que deseja ver? 

A assinatura padrão daria acesso a todo o conteúdo que já está lá disponível, mas caso você queira assistir algo diferente, pode iniciar uma “vaquinha on-line” e convidar seus colegas para participarem. Quando atingisse o valor do filme, voilá! Ele passaria a ser disponibilizado na plataforma. Nesse novo modelo, os próprios consumidores escolheriam o que entra em circulação, e impulsionariam a divulgação de títulos em suas redes para atingir o valor necessário de acesso ao título que desejam assistir.

A precificação desse novo modelo sugerido é bastante complexa, mas pelo menos o modelo de Circulação proporcionaria um maior engajamento e diminuiria a bolha em que vivemos.

Agora me conta, qual é a sua #StartupDosSonhos ? 

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