Não seria incrível se tudo o que você lesse automaticamente ficasse marcado em sua memória, se transformando em aprendizado e mudando para melhor a forma com que você trabalha, fazendo suas entregas evoluírem?
Eu acredito muito nessa sinergia, por isso a história da minha vida é tentar trazer as dinâmicas de mercado para as minhas aulas e também procurar formas de aplicar conceitos, teorias e metodologias acadêmicas nos projetos que desenvolvo em parceria com grandes agências.
Muitas vezes esses dois universos parecem não apenas distantes, mas pouco valorizar o que vem do outro lado #Fato . Insistir nessa conexão pode ser muitas vezes desafiador e exigir horas extras de reflexão e mão na massa, mas é o que vai transformar tudo o que você lê e estuda em evolução palpável das suas entregas no trabalho. Sempre fiz isso de forma intuitiva, mas nesse episódio do Naruhodo o Altay de Souza explica bem direitinho a importância dos diferentes contextos no processo de aprendizado.
Teoria que fica guardada em livro ou em sala de aula é como um brinquedo novo que nunca é tirado da sua embalagem. Pode ser lindo, mas não tem serventia alguma. É na aplicação prática que teorias e metodologias evoluem, ao mesmo tempo que mostram uma nova forma de ver o mundo, o mercado e atuar nele.
Criei essa tag #TeoriaNaPratica para compartilhar um pouco desse processo e mostrar como pode ser enriquecedor e mind blowing. Let’s vamos?
Dois conceitos que adoro, explorados pelo Henry Jenkins no livro Cultura da Conexão, são Distribuição e Circulação. Um contra-ponto que ele usa para explicar algumas mudanças provocadas pela internet.
Quando uma campanha ou processo de comunicação faz uso do modelo de Distribuição, existe uma figura que detém o poder e é o emissor da mensagem (pode ser um anunciante, uma editora, etc.). Essa figura é que determina onde a comunicação estará disponível, para quem e em quais canais. Um bom exemplo é o processo de venda de um livro, em que a editora define em quais livrarias e prataformas digitais ele poderá ser comprado (estou simplificando um pouco esse processo apenas para exemplificar aqui).
Já no modelo de Circulação, ainda existe a figura do emissor da mensagem, mas ele não controla completamente como será o acesso à sua comunicação. Ele disponibiliza o conteúdo ou mensagem em determinados canais e o próprio público tem o poder de fazer aquela comunicação circular, chegando a outras pessoas e outros canais. Sabe os memes? São o exemplo mais lindo disso. Alguém faz um print do Neymar caindo em um jogo da Copa, adiciona uma frase divertida e aquela comunicação sai da TV e vai para o Instagram, depois alguém copia e compartilha no WhatsApp da família, e assim aquela imagem vai ganhando o mundo…


Usar essa lente da teoria para olhar o mercado faz a gente perceber como tem marca investindo em um formato antigo de comunicação achando que está fazendo algo inovador. Uma campanha com Google Display segue o modelo de Distribuição (o mesmo de um anúncio em jornal impresso). Existem algumas diferenças, como um maior filtro de afinidade de conteúdo e o uso de uma solução automatizada inteligente para definir onde, quando e para quem sua comunicação será exibida, mas a essência do modelo é a mesma. E tá tudo bem, porque não dá para ser inovador e disruptivo o tempo todo. E nem toda marca ou negócio tem essa intenção.
Agora esses dois conceitos proporcionam uma nova visão do que vemos acontecer no mercado. Também podem servir de ponto de partida para a criação da campanha que você está desenvolvendo. Ou como uma forma de explicar para o cliente qual caminho você recomenda para ele e por quê.
No próximo post, vou colocar no ar uma tag nova e compartilhar com você um jeito de usar esses modelos em um plano de negócios para empreender de um jeito diferente ou então desenvolver o next step de um serviço ou linha de produtos que já estão disponíveis no mercado 😉
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